Danças
Folclóricas
As
danças folclóricas brasileiras estão ligadas a aspectos sacros, lendas, fatos
históricos, festas típicas e brincadeiras, curtidas ao som de músicas animadas.
As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras.
As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos.
Nas
principais festas do folclore brasileiro encontramos várias expressões
folclóricas reunidas.
Destas, as principais são:
Samba de Roda, onde se dança numa roda ao som de sambas, acompanhado de batida de palmas e cantos.
No Maracatu, os dançarinos representam personagens históricos. Já no Frevo, se dança uma marchinha acelerada tocada por uma banda ao estilo dos blocos carnavalescos.
Outro ritmo musical da região nordeste é o Baião, uma dança em pares semelhante ao forró.
Na região Sul e Sudeste, temos a Catira, caracterizada pelas batidas de pés e palmas dos dançarinos, e a Quadrilha.
A Quadrilha é uma dança típica de festas juninas, onde um dos oradores proclamam frases que determinam os movimentos da dança.
Carnaval: festa que remonta ao século XVII, com o nome de Entrudo, mas que passou à cultura oficial na década de 1930;
Congado: surgido durante o século XVIII em Minas Gerais, quando os negros escravos buscaram uma forma de expressão que fosse aceita dentro das irmandades católicas.
Folia de Reis: grupos de cantadores e
instrumentistas acompanham personagens, como o porta-estandartes, o louco, o
juiz, ambos pelas ruas pedindo esmolas.
Bicho Brabo
O
Bicho Brabo é uma tourada, que foi introduzida pelos portugueses na época do
Brasil Colônia.
Ainda
hoje é comum em Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
A
tourada é uma recreação popular, festiva, das zonas pastoris, e é realizada num
circo ou área fechada, a arena, cercada por grossos palanques, revestidos por
traves horizontais bem resistentes. De vez em quando o toureiro precisa subir
nas traves para se defender do boi…
Em
algumas partes do Brasil, principalmente em São Paulo, nem sempre é um boi que
entra na arena para ser toureado. Às vezes entra uma vaca. Em ambos os casos as
touradas são belos espetáculos de destreza e coragem.
Os
toureiros trabalham usando capas vermelhas para excitar o boi. Quando os
toureiros fazem pegas, ou seja, agarram ou touros com as mãos, as fintas, que
são os desvios e as derrubadas, entram os palhaços que alegram e divertem o
público.
Nesta
tourada brasileira, não se mata o”bicho brabo”, seja ele um touro ou uma vaca,
tudo é um esporte, uma brincadeira no meio da arena cheia de sol e de alegria.
Torém
É
dança que Almofada (Acaraú), nos legou, como uma herança dos índios tremembés,
que habitavam a região. Ao sabor do mocororó – aguardente do cajú – cerca de 20
caboclos (homens e mulheres) iniciam a dança ao ritmo do”aguaim”, espécie de maracá,
empunhado pela figura do ”chefe”.
Catira
Estudada
em Goiás por Luiz Heitor. É dança só
de homens. Considerada versão do Catetetê paulista, é a mais brasileira de
todas as danças, no dizer de Couto de Magalhães.
Ao
som das violas, catireiros palmeiam e batem pés alternadamente, em evoluções variadas
de entremeio ao canto da”moda”, dançando logo a seguir o Recortado.
Uma boa Catira vara a noite nas festas das fazendas.
Como
explica Luiz Heitor,”a grande arte
dos catireiros está nos bate-pés e palmas, cujo ritmo é diferente a cada
aparição de elementos coreográficos”.
E
arremata o Professor:”A Catira é uma especialização coreográfica. Qualquer um
não pode dançá-la”. E, acrescentamos, é preciso aprender desde
menino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário